Salut, tudo certinho por aí?
Hoje aprendemos a expressão tomber des nues com dois diálogos traduzidos e narrados por locutores nativos. En route !
DIALOGUE 01
Bruno: Catherine, j’ai appris un fait très intéressant aujourd’hui. (Catherine, eu aprendi um fato muito interessante hoje.)
Catherine: Je t’écoute ? (Pode me dizer.)
Bruno: En Bretagne, certaines consultations médicales remboursées par la Sécurité Sociale peuvent être assurées… par un druide. (Na Bretanha, algumas consultas médicas reembolsadas pela Segurança Social podem ser realizadas… por um druida.)
Catherine: Un druide, tu veux dire un magicien, comme Panoramix le druide dans la bande dessinée Astérix ? (Um druida, você quer dizer um mago, como Panoramix o druida na história em quadrinhos do Astérix?)
Bruno: Mais oui ! Tu sais bien que ces traditions sont toujours très présentes en Bretagne. (Claro! Você sabe bem que essas tradições ainda são muito presentes na Bretanha.)
Catherine: Alors là, je tombe des nues ! Je sais que ces druides existent toujours, mais de là à faire rembourser leurs soins par la Sécu… (Estou chocada! Eu sei que esses druidas ainda existem, mas daí a terem seus cuidados reembolsados pela Segurança Social…)
Bruno: Mais non, Catherine, je te fais marcher, bien entendu. Mais il y a bien un druide qui a donné des consultations en 2016 en Bretagne. Seulement, ce n’était qu’une mise en scène avec un acteur, pour dénoncer le manque de médecins dans la région. (Claro que não, Catherine, estou brincando com você. Mas houve um druida que deu consultas na Bretanha em 2016. Só que era uma encenação com um ator, para denunciar a falta de médicos na região.)
Catherine: Ah oui, le fameux désert médical des régions rurales de France… (Ah sim, o infame deserto médico das regiões rurais da França…)
Bruno: Oui, et la Bretagne est particulièrement touchée par ce phénomène. Il y a très peu de médecins pour toute la région et la situation s’aggrave. (Sim, e a Bretanha é particularmente afetada por esse fenômeno. Há muito poucos médicos para toda a região e a situação está piorando.)
Catherine: C’est dommage… La Bretagne est si jolie ! Je ne comprends pas pourquoi si peu de médecins vont s’y installer. Comme dirait Obélix : « ils sont fous », ces médecins ! (Que pena… A Bretanha é tão bonita! Eu não entendo por que tão poucos médicos vão se estabelecer lá. Como diria Obélix: “eles são loucos”, esses médicos!)
Bruno: On dirait que tu tombes des nues, Catherine. Beaucoup de médecins souhaitent tout simplement s’installer au soleil… Par comparaison, il y a énormément de praticiens de toutes spécialités sur la Côte d’Azur. (Parece que você está surpresa, Catherine. Muitos médicos simplesmente preferem se instalar ao sol… Comparado a isso, há muitos profissionais de todas as especialidades na Côte d’Azur.)
Catherine: Je n’en doute pas. Mais quelles initiatives sont prises pour donner envie aux médecins d’aller en Bretagne ? (Não tenho dúvida. Mas que iniciativas estão sendo tomadas para encorajar os médicos a irem para a Bretanha?)
Bruno: Eh bien, par exemple, le canular dont je te parlais tout à l’heure. Ce faux druide a permis d’alerter les médecins sur les dangers d’une région sans médecin. Faute de médecins sérieux, les gens vont avoir tendance à se tourner vers des pratiques douteuses ou vers des charlatans. (Bem, por exemplo, a brincadeira que eu mencionei antes. Esse falso druida permitiu alertar os médicos sobre os perigos de uma região sem médicos. Na falta de médicos sérios, as pessoas tendem a recorrer a práticas duvidosas ou charlatões.)
Catherine: Et ça a marché ? (E funcionou?)
Bruno: Oui, un nouveau médecin est arrivé quelques mois plus tard. Mais il ne suffit pas de faire appel à la conscience professionnelle. L’argument financier peut marcher aussi ! Par exemple, certaines villes ont décidé d’embaucher des médecins comme salariés. (Sim, um novo médico chegou alguns meses depois. Mas não basta apelar para a consciência profissional. O argumento financeiro também pode funcionar! Por exemplo, algumas cidades decidiram contratar médicos como funcionários.)
Catherine: Oui, les avantages financiers sont toujours des arguments très efficaces… (Sim, os incentivos financeiros são sempre argumentos muito eficazes…)
Bruno: Certains suggèrent que c’est l’État lui-même, qui devrait s’en occuper et que les médecins devraient être nommés, comme les professeurs de l’Éducation Nationale ou les fonctionnaires des impôts par exemple. Ainsi, ils seraient bien répartis sur toute la France. (Alguns sugerem que o próprio Estado deveria se encarregar disso e que os médicos deveriam ser designados, como os professores da Educação Nacional ou os funcionários da Receita, por exemplo. Assim, eles seriam bem distribuídos por toda a França.)
Catherine: Mais du coup, il y aurait peut-être moins de candidats à la médecine s’ils ne pouvaient plus choisir où ils vont exercer. Imagine un pauvre Niçois à qui on annoncerait qu’il doit exercer à Quimper… il tomberait des nues ! (Mas então, talvez houvesse menos candidatos à medicina se eles não pudessem mais escolher onde vão trabalhar. Imagine um pobre habitante de Nice sendo informado de que tem que trabalhar em Quimper… ele ficaria chocado!)
Bruno: En effet. Mais comme tu le dis, la Bretagne est très jolie ! Et au fait, les médecins étrangers sont aussi les bienvenus. (De fato. Mas como você disse, a Bretanha é muito bonita! E, a propósito, médicos estrangeiros também são bem-vindos.)
Catherine: Que pourrait-on dire pour donner aux médecins l’envie d’aller s’installer en Bretagne ? (O que poderíamos dizer para incentivar os médicos a se estabelecerem na Bretanha?)
Bruno: On pourrait leur rappeler qu’il fait bon vivre là-bas… (Poderíamos lembrá-los de que é um ótimo lugar para se viver…)
Catherine: Oui, c’est vrai ! Déguster une part d’un délicieux Kouign Amann, ou bien de bonnes crêpes au sarrasin, accompagnées d’une belle bolée de cidre, se promener au bord de falaises au décor impressionnant, tout ça, ce sont les plaisirs de la Bretagne. (Sim, é verdade! Saborear um delicioso Kouign Amann, ou boas crêpes de trigo sarraceno, acompanhadas de uma bela taça de cidra, passear ao longo de impressionantes falésias, tudo isso são os prazeres da Bretanha.)
Bruno: Et il y en a encore bien d’autres. Mais il est l’heure de dire au revoir à nos auditeurs. Comment le dit-on en breton ? (E há muitos outros. Mas é hora de nos despedirmos dos nossos ouvintes. Como dizemos isso em bretão?)
Catherine: Kenavo ! (Kenavo!)
Veja também:
⇒ Y’A UNE FILLE QU’HABITE CHEZ MOI – BÉNABAR (LETRA TRADUZIDA)
⇒ AS PREPOSIÇÕES EM FRANCÊS | GUIA COMPLETO
⇒ AU COURANT | O QUE SIGNIFICA ESTA EXPRESSÃO
⇒ À PEINE | O QUE SIGNIFICA ESTA EXPRESSÃO
DIALOGUE 02
Rylan: Comment était ta soirée Catherine ? (Como foi sua noite, Catherine?)
Catherine: Bon, je n’ai rien fait de spécial. Je suis allé faire mes courses. (Bem, eu não fiz nada de especial. Fui fazer compras.)
Rylan: Tu aimes faire les courses le soir en général ? (Você gosta de fazer compras à noite, em geral?)
Catherine: Oui, j’y vais très tard. (Sim, eu vou bem tarde.)
Rylan: Ah bon ? À quelle heure ? (Ah é? A que horas?)
Catherine: Vers 10 heures ou 11 heures. (Por volta das 10 ou 11 horas.)
Rylan: Vraiment ? Alors là, je tombe des nues ! (Sério? Agora eu estou surpreso!)
Catherine: Pourquoi tu tombes des nues ? Qu’est-ce qui t’étonne ? (Por que você está surpreso? O que te surpreende?)
Rylan: Je ne pensais pas que tu te couchais si tard. (Eu não achava que você ia dormir tão tarde.)
Catherine: Ah, tu t’imaginais que je me couchais à 8 heures après avoir mangé ma soupe comme une grand-mère ? (Ah, você imaginava que eu ia dormir às 8 horas depois de tomar minha sopa como uma vovó?)
Rylan: Non Catherine ! Mais 11 heures, c’est tard, quoi ! (Não, Catherine! Mas 11 horas é tarde, sabe!)
Catherine: Il y a un supermarché ouvert 24 heures sur 24 près de chez moi. C’est très pratique. Je peux faire mes courses en paix parce qu’il n’y a pas beaucoup de monde à cette heure-là. (Tem um supermercado aberto 24 horas perto de casa. É muito prático. Posso fazer compras em paz porque não tem muita gente a essa hora.)
Rylan: C’est vrai. (É verdade.)
Catherine: Je me souviens quand j’ai déménagé ici, je suis tombée des nues de voir qu’un supermarché était ouvert sans interruption, tous les jours. (Lembro que, quando me mudei para cá, fiquei surpresa ao ver que um supermercado estava aberto o tempo todo, todos os dias.)
Rylan: Pourquoi ? Il n’y en a pas en France ? (Por que? Não tem isso na França?)
Catherine: Rylan, tu sais bien que les Français ne veulent même pas travailler le dimanche. Alors imagine, travailler 24 heures sur 24. Ce serait la Révolution Française à nouveau ! (Rylan, você sabe que os franceses nem querem trabalhar no domingo. Agora imagine, trabalhar 24 horas por dia. Seria a Revolução Francesa de novo!)
Rylan: Tant qu’ils ne guillotinent pas le Président ! (Desde que não guilhotinem o presidente!)
Catherine: Oui, ce serait dommage ! (Sim, seria uma pena!)
Rylan: Chacun voit midi à sa porte Catherine. En fait, j’admire les Français. (Cada um com sua própria perspectiva, Catherine. Na verdade, eu admiro os franceses.)
Catherine: Pourquoi ? (Por quê?)
Rylan: Parce qu’ils ne se laissent pas influencer. La relaxation, c’est sacrée pour eux. (Porque eles não se deixam influenciar. Relaxar é sagrado para eles.)
Catherine: Même si ça dérange les autres ? (Mesmo que isso incomode os outros?)
Rylan: C’est une question d’organisation. Si tu sais que le supermarché est fermé le dimanche, eh bien tu fais tes courses le samedi tout simplement. (É uma questão de organização. Se você sabe que o supermercado está fechado no domingo, bem, você faz as compras no sábado, simples assim.)
Catherine: C’est moi qui tombe des nues maintenant. Tu les défends ? (Agora sou eu que estou surpresa. Você os está defendendo?)
Rylan: Je trouve qu’ils ont raison quelque part. Les gens ne savent plus se détendre de nos jours. (Acho que eles estão certos, de certa forma. As pessoas não sabem mais como relaxar hoje em dia.)
Catherine: C’est vrai. (É verdade.)
Rylan: Une fois, j’étais en France en été et beaucoup de boulangeries et de restaurants étaient fermés. Crois-moi, c’était énervant au début. Qui ferme sa boulangerie ou son restaurant en période touristique ? (Uma vez, eu estava na França no verão e muitas padarias e restaurantes estavam fechados. Acredite, foi irritante no começo. Quem fecha sua padaria ou restaurante durante a temporada turística?)
Catherine: Les Français ! (Os franceses!)
Rylan: C’est vrai que j’ai un peu souffert mais je me suis vite habitué. Après quelques temps, je savais quelle boulangerie était ouverte et jusqu’à quelle heure. (É verdade que eu sofri um pouco, mas logo me acostumei. Depois de um tempo, eu já sabia qual padaria estava aberta e até que horas.)
Catherine: Un vrai caméléon ! (Um verdadeiro camaleão!)
Rylan: Voilà ! (Exatamente!)
Catherine: En parlant de boulangeries fermées, tu as entendu parler du distributeur automatique de baguettes ? (Falando em padarias fechadas, você ouviu falar sobre a máquina automática de baguetes?)
Rylan: Non, qu’est-ce que c’est ? (Não, o que é isso?)
Catherine: J’ai lu un article récemment qui parlait de cela. Un boulanger à Paris a commencé à vendre du pain grâce à un distributeur automatique de baguettes. (Li um artigo recentemente sobre isso. Um padeiro em Paris começou a vender pão através de uma máquina automática de baguetes.)
Rylan: C’est une blague Catherine ! (Isso é uma piada, Catherine!)
Catherine: Non, je t’assure Rylan, c’est vrai. Il est ouvert 24 heures sur 24 et 7 jours sur 7. (Não, eu te garanto, Rylan, é verdade. Funciona 24 horas por dia, 7 dias por semana.)
Rylan: Je tombe des nues ! Un distributeur automatique de pain ! En France ! (Eu estou surpreso! Uma máquina automática de pão! Na França!)
Catherine: Tu vois, certains Français aiment le progrès. (Viu? Alguns franceses gostam de progresso.)
Rylan: Franchement, je ne sais pas si c’est du progrès. (Honestamente, não sei se isso é progresso.)
Catherine: Tu sais bien que les Français ne peuvent pas se passer de pain. Si tu veux du pain à 2 heures du matin, c’est possible maintenant. (Você sabe que os franceses não conseguem ficar sem pão. Se você quiser pão às 2 da manhã, agora é possível.)
Rylan: Et la qualité du pain ? Je suis sûr qu’il n’est pas bon. (E a qualidade do pão? Tenho certeza de que não é bom.)
Catherine: Je ne l’ai pas encore goûté mais apparemment, ce sont des baguettes artisanales. (Eu ainda não provei, mas aparentemente, são baguetes artesanais.)
Rylan: Ah bon ? (Sério?)
Catherine: Oui, oui, elles sont précuites et quand tu commandes ta baguette, elle est cuite à la vapeur. Comme ça, elle sort chaude et croustillante. Et attends, elle coûte un euro seulement. (Sim, sim, elas são pré-cozidas, e quando você pede sua baguete, ela é cozida a vapor. Assim, sai quente e crocante. E olha, custa só um euro.)
Rylan: C’est incroyable ! Du pain chaud et croustillant à toutes heures ! C’est quelque chose ! (Isso é incrível! Pão quente e crocante a qualquer hora! Isso é demais!)
Catherine: J’ai hâte de goûter ce pain. C’est le pain du futur Rylan. (Mal posso esperar para provar esse pão. É o pão do futuro, Rylan.)
Rylan: Où va le monde ? (Onde é que esse mundo vai parar?)
Veja também:
⇒ DE UN… DE DEUX… | O QUE SIGNIFICA ESTA EXPRESSÃO
⇒ DE BUT EN BLANC | O QUE SIGNIFICA ESTA EXPRESSÃO
⇒ COMO DIZER “UNIÃO ESTÁVEL” EM FRANCÊS
⇒ EXERCÍCIOS PARA PRATICAR O PRESENTE EM FRANCÊS (COM ÁUDIO)